sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O cenário de Jundiaí nos últimos dias e um breve diálogo para explicar



O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) está utilizando das ferramentas mais obscuras para tentar evitar o que parece inevitável, a vitória de Pedro Bigardi (PCdoB) para a prefeitura de Jundiaí. São ações já conhecidas por aqueles que um dia enfrentaram (eleitoralmente) o tucanato jundiaiense, mas, nesse momento de iminente derrota, parece que o pouco de pudor que restava foi varrido para debaixo do tapete.

O uso da máquina pública é feito com pouca preocupação na repercussão, alguns cargos comissionados usam o equipamento público como arma para tentarem evitar que uma vitória da oposição que possa acabar com as décadas de favorecimento devido à antiga hegemonia do PSDB na cidade. Mas, não é só isso, algumas ações sem autoria declarada mostra certa “mobilização das trevas” em prol da campanha de Luiz Fernando Machado.



Alguns fatos dos últimos 19 dias:

1 – Alguns professores do ensino municipal relataram uma suposta pressão exercida pela Secretaria de Educação em prol da campanha da situação, informando que, em caso de derrota do PSDB, todos os processos pedagógicos em andamento seriam postos de lado;

2 – Pior: recentemente, uma creche particular conveniada divulgou um documento aos pais das crianças relatando que a Secretaria de Educação informou que, em caso da vitória de Pedro Bigardi, todos os convênios seriam cancelados. Informação não procedente;

3 – Relatos de muitos jundiaienses que apoiam Pedro Bigardi afirmam que diversos carros da campanha de Luiz Fernando Machado estão passando pelas ruas dos bairros informando que – em caso da vitória do oposicionista -, todos os cargos comissionados de Várzea Paulista que serão exonerados em virtude da derrota do PT naquela cidade acabarão no funcionalismo de Jundiaí. Informação não procedente;

4 – Outro boato ligado à Várzea Paulista aborda a suposta má gestão do atual prefeito Eduardo Pereira do PT, com um toque magistral de hipocrisia, pois se “esquecem” que o candidato do PSDB na cidade teve a candidatura impugnada nesta eleição pela Lei da Ficha-Limpa e evitam comparar os números das sucessivas gestões de Clemente Manoel de Almeida com os anos de governo do PT;

5 – Mentiras de cunho religioso, tentativas de ligação da campanha de Pedro Bigardi ao processo do mensalão, informações mentirosas sobre a atuação do candidato na Secretaria de Obras de Campinas estão sendo disseminadas neste segundo turno através de carros de som e nas redes sociais;

O que estes fatos podem resultar? Vale lembrar que o candidato do PSDB à presidência da república em 2010, José Serra, tentou usar das mesmas ferramentas e viu sua diferença entre a candidata do PT aumentar; o mesmo acontece com Serra na disputa pela prefeitura de São Paulo, agora com o também neófito em disputas eleitoras, Fernando Haddad. O ataque pessoal incomoda as pessoas, pois mostra ódio e rancor da pessoa que ataca e ninguém quer um rancoroso guiando a administração pública em qualquer esfera.

A campanha de Pedro Bigardi tem feito de maneira assertiva um enfrentamento propositivo, evitando responder as calúnias e pautando-se em propostas. É a luta do ódio contra a vontade de trabalhar em prol de uma renovação, avanço e novas ideias.  A tática do PSDB é uma afronta à democracia e só serve agilizar a derrota que sofrerão.

Diálogo que utilizo como metáfora pra explicitar a situação:

Antenor e Orestes disputavam a vaga de sindico do condomínio e, numa discussão no corredor de um dos blocos, travaram um embate;

Orestes: - Por que você está propondo coisas impossíveis de fazer?

Antenor: - Qual é o seu medo em enfrentar novas ideias? Por que não defende a sua gestão?

Orestes: - Você é uma ameaça a Deus, não participa das reuniões de oração que ocorrem às quartas-feiras;

Antenor: - Neste dia me reúno com um grupo de amigos pra ajudarmos algumas famílias que moram na favela aqui perto;

Orestes: - Você é um despreparado, vai arruinar as finanças do condomínio;

Antenor: - Nada do que eu propus acarreta em um aumento da taxa que os condôminos pagam, tudo está dentro do orçamento, eu tentei te provar isso, mas...

Orestes: - Me recuso a ver informações mentirosas...

Enquanto isto, uma moradora se aproximou e fez uma pergunta para os dois debatedores:
Amanda: - Alguém tem uma solução para este vazamento?

Orestes: - Qual vazamento?

Antenor: - Já chamei o Joel da confecção para resolver isto...    

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