segunda-feira, 13 de junho de 2011

Está na hora de exercer a verdadeira liberdade de expressão em Jundiaí

Denunciando as vilanias do prefeito, a imprensa cumpre o seu papel

Jundiaí é uma terra de contradições. Muitos dizem que o prefeito Miguel Haddad é um grande homem, integro e cheio de qualidades administrativas que o faz ser um bom prefeito. Outros, tidos como antipáticos, o consideram um político ultrapassado, um péssimo administrador e pior: um praticante de vilanias. Sou um antipático, não por antipatia ao prefeito, mas por não aguentar mais tanta incompetência e falta de transparência.
Os grandes veículos de imprensa de nossa terra contribuem para com os amigos do Miguel, enaltecendo suas maquetes e comerciais produzidos pelo publicitário Duda Mendonça. Os veículos menores se arriscam no papel de prestadores de serviço à população, fazendo (ou tentando) algo mais próximo do jornalismo. E os blogueiros? Estes são aloprados, não economizam nos predicados ao prefeito, seja nas alturas do Tudo Em Cima, nas guerrilhas do Beduíno, no otimismo do Mais Jundiaí ou nos delírios do Japi Pelo Prisma da Esquerda, vez ou outra, o prefeito também toma um Pitaco Genérico.
Escrevo na madruga de segunda-feira. O frio está impiedoso em nossa cidade, como poucas vezes senti, mas inspirador, pois nunca se teve uma massa crítica tão criativa no torrão.  As redes sociais são terrenos frutíferos para a guerra ideológica que toma conta de Jundiaí, onde não existe censura editorial (como a sofrida por um tal “Aranha” em outrora), ou o risco de que seu jornal – produzido com tanto carinho e profissionalismo -, seja recolhido nas bancas antes de chegar à população. Ninguém mais é obrigado ler os editoriais escritos pelo “Paçoca” e seus devaneios causados pelo absinto tomado à beira rio.
A internet nos proveu a liberdade.  Uma liberdade prazerosa, que nos faz dormir pouco e viver tudo muito intensamente, pois militar pela causa avançada nunca foi fácil. Os tempos do paradigma do jornalismo imparcial estão ruindo, e o termo está ganhando – finalmente -, a categoria de lenda, onde a conscientização da incapacidade do homem de não empregar juízo de valor em qualquer objeto analisado está sendo desnudada. 
Manuel Carlos Chaparro, um dos portugueses da USP, explica tudo direitinho em sua Pragmática do Jornalismo, Ciro Marcondes Filho e sua excelência na análise materialista dialética, também, em diversas obras. Em suma, temos de nos conformar quando a linha editorial de um jornal não é a que gostamos, mas não podemos mais aceitar comentários balizados pela suposta imparcialidade. O jornalismo é humano, então, sofre de todos os males da espécie.
E este jornalismo, praticado pelos pequenos e aloprados, consciente de sua incapacidade de ser imparcial, vestiu a camisa de crítico, não por motivos pessoais para com o munícipe mandatário, mas por vontade de mudança, de alternância na cadeira maior do município e de mais seriedade com a população.
E como fazer isto? Fiscalizando todos os passos da prefeitura, preenchendo o espaço vazio, deixado pelos grandes jornais da cidade, de exercer a função de livre imprensa, que apura o fato sem ter de prestar contas a ninguém. Utopia? Não, questão de ousadia. Abaixe-se à ditadura do capital, onde o emprego é maior do que sua alma, ou a enfrente, com competência e persistência.
Qual é o combustível? As vilanias de Miguel, pois seus percalços administrativos não são novidade para ninguém, mas suas vilanias são requintadas, transvestidas nas mais diversas áreas, e aguçadas na especulação imobiliária, que é tão notória que causa constrangimento. Ou seja: muito trabalho tem de ser feito.
Uma convocação a todos os jundiaienses engajados nesta grande causa está sendo feita, não por meio deste artigo, mas pelas diversas manifestações de insatisfação de  nossa população. Os jornalistas, blogueiros e usuários das redes sociais estão convocados a exercer a verdadeira liberdade de expressão em Jundiaí.  

2 comentários:

  1. O mais irônico é que a conversa que está rodando por aí é sobre de onde vem a verba pra fazer a Folha do Japi... rsrsrs

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  2. Ué, da publicidade, como qualquer jornal...

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