segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Famílias desabrigadas

A Vila Graff é o reduto das famílias que perderam suas casas nas fortes chuvas que Jundiaí enfrentou em tempos recentes, na verdade o prédio da antiga Pozzani está servindo como alojamento, nele estão improvisadas diversas moradias para as famílias desabrigadas.
De acordo com a reportagem da repórter Andreia Lavagnini no Jornal de Jundiaí, 59 famílias ficarão abrigadas no local, com 118 crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos.
Este blogueiro irá visitar o alojamento para  saber as reais condições que as famílias estão enfrentando no local.




sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um pouquinho da Jundiaí de verdade

O povo jundiaiense conheceu verões bastante austeros, mas este tem sido um verdadeiro verdugo, o clima seco do verão do sudeste é um castigo para o povo que goza, na maior parte do ano, de um clima agradável. Uma leve brisa serrana, que encontra as faces dos mais de 370 mil habitantes que a cidade ostenta, faz com que Jundiaí seja conhecida por seu clima agradável.
Os primeiros 56 dias do ano – apesar das chuvas – têm sidos presenteados por um sol fumegante, que faz o povo trabalhador – aquele que necessita dos serviços públicos – sofrer, apesar do delírio do termômetro do Terminal Vila Arens, que insiste em marcar – 9°. Para alguns, seria um sonho se assim fosse.
Mas infelizmente (ou felizmente) o clima registrado pelo termômetro do terminal é um erro, e sua persistência não passa de descaso do poder público.  O fato é que os usuários dos serviços do Sistema Integrado de Transporte Urbano (SITU) sofrem com as lotações dos ônibus, e hoje, presenciei um diálogo que sintetiza toda a ineficiência.
Moro no Parque Residencial Eloy Chaves, e aproveitando os dias livres que estou tendo, tenho ido frequentemente ao centro da cidade resolver assuntos burocráticos, e hoje fui à sede do sindicato dos metalúrgicos. Utilizei os serviços da linha 941.A –  que faz o trajeto do bairro ao centro, pela Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto -, por volta das 14h20min.
Quando subi ao ônibus, me deparei com a habitual lotação máxima. Procurei um lugar vago, e enquanto procurava, percebi que os bancos vermelhos (assentos preferências) estavam vagos, então resolvi sentar, até que alguém precisasse do lugar, que era seu por direito. Neste ínterim, ouvi o motorista e o cobrador conversando, e pelo que pude registrar, a conversa foi assim:
Motorista: - Você viu como está cheia de buracos esta rua (Dante Bellodi, no Eloy Chaves)?
Cobrador: - É porque não tem nenhum condomínio dos barões da cidade por perto.
Motorista: - Verdade, toda vez que eles inauguram um condomínio arrumam tudo que está envolta.
Cobrador: - Um dia isto vai ter que acabar, e espero que seja em breve.
Fiquei atento enquanto conversavam, e confesso que fiquei feliz pela consciência desses cidadãos, que tanto trabalham para o povo.

A verdade é que o transporte público em Jundiaí está um caos, apesar da megaestrutura - que conta com sete terminais -, os usuários de ônibus sabem das dificuldades de quem precisa utilizá-los. O calor, a lotação e a má qualidade das ruas transformam o dia-a-dia dos trabalhadores em um verdadeiro inferno.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Jundiaí entra na luta pelo passe livre estudantil

A União da Juventude Socialista (UJS) e a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) consideram que a manifestação realizada na última quinta-feira (17) obteve o êxito previsto. 


O ato representou o início da campanha que a UJS irá lançar na próxima semana em prol do passe livre, além de salientar a posição do movimento estudantil quanto ao aumento da tarifa do trem e o possível aumento da tarifa do ônibus. A juventude está na vanguarda da maioria das lutas do povo brasileiro. O grupo que governa São Paulo tem mostrado ao longo das últimas duas décadas que não se preocupa com o impacto que certas ações acarretam na população, por isso a UJS e a UPES consideram que ir para as ruas é essencial para a defesa do povo paulista, em loco, dos estudantes e dos trabalhadores.
Cerca de 45 estudantes participaram do ato, que percorreu o centro de Jundiaí até chegar à estação ferroviária. Para o presidente da UJS, Brean de Souza Pinto, 19, Jundiaí já tem uma das tarifas de ônibus mais altas do país e não pode aumentar o valor que atualmente é R$ 2,65.
A Prefeitura de Jundiaí informou, por meio de assessoria, que não há previsão de reajuste da passagem de ônibus. O último aumento da tarifa de transporte coletivo urbano ocorreu em 4 de abril de 2010, quando o valor cobrado passou de R$ 2,50 para R$ 2,65. Sobre o passe livre, a Secretaria Municipal de Transportes informou que oferece aos estudantes do ensino fundamental, médio e superior isenção de 50% no valor da tarifa de ônibus, mediante comprovação de matrícula em instituições de ensino regulares reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A primeira vitória já foi obtida, pois a prefeitura se manifestou dizendo que não há previsão para o aumento da tarifa dos ônibus, mas a pressão irá permanecer por parte da UJS e da UPES a fim de garantir que o aumento não ocorra. Caso ocorra, será a prova que a prefeitura de Jundiaí engana os cidadãos.

Passe Livre

Quanto ao passe livre estudantil, a prefeitura declarou que já disponibiliza isenção de 50% aos estudantes, mas a reivindicação é de que a isenção seja de 100%, como ocorre em algumas cidades do estado. “Aproveitamos para reivindicar o passe livre estudantil, que é uma das bandeiras nacionais do movimento estudantil, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), pois se trata de um grande incentivo para a educação, pois muitos jovens deixam de estudar por não haver condições de financiar transporte, ademais a educação não se limita aos muros escolares, mas transcende ao cinema, teatro, biblioteca, parques e alguns outros lugares que os estudantes só têm acesso pelo transporte público. Este direito já foi conquistado em algumas cidades como Americana, por exemplo, e Jundiaí devido a sua força econômica também tem condições”, disse o presidente da UJS, Brean.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Foi dada a largada para a corrida da mudança

Na última sexta-feira (18) ocorreu o primeiro ato do Movimento Jundiaí Livre, organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pela União da Juventude Socialista (UJS).  O lançamento do movimento contou com a presença do Senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
A mesa foi composta pelo presidente do PCdoB de Jundiaí, Tércio Marinho, pelo presidente do PSOL de Jundiaí, Vanderlei Victorino, pelo presidente do PT de Jundiaí, Paulo Eduardo Malerba, pelo presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região, Edegar de Assis, pela vereadora do PT em Jundiaí, Marilena Negro e pelo deputado estadual eleito pelo PCdoB de Jundiaí, Pedro Bigardi.
A tônica de todos os discursos e força motriz do movimento é a palavra mudança, e seguindo as diretrizes de seus partidos, os presidentes falaram de diferentes formas porque Jundiaí precisa mudar, porque o atual modelo de gestão que impera na cidade não atende as demandas da população, e todos afirmaram que o atual prefeito governa de forma excludente, deixando a população mais carente da cidade fora das ações de benfeitoria do governo municipal.
A vereadora Marilena Negro (PT) externou suas dificuldades na câmara municipal, denunciando o compadrio que impera naquela casa, explanando sobre as dificuldades de ser oposição em uma casa de leis onde a bancada do governo ocupa 14 das 16 cadeiras. O presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região, Edegar de Assis, abordou que somente a união trará bons frutos para a cidade.
O Deputado Pedro Bigardi (PCdoB) denunciou que o atual grupo que governa Jundiaí está preocupado, somente, com seus próprios negócios, transformando Jundiaí em um eldorado para negócios imobiliários. O Senador Eduardo Suplicy (PT) apoiou o movimento, e salientou que é deste modo que se faz cidadania.
A militância presente recebeu com entusiasmo os discursos e mostrou que o movimento nasceu com força. A idéia é que o movimento mobilize toda Jundiaí em 2011, denunciando as malfeitorias da prefeitura, principalmente do prefeito Miguel Haddad (PSDB) e colocando toda a sociedade jundiaiense em um embate de idéias.
Na mesma noite foi lançado o manifesto do movimento, para que as idéias oposicionistas estejam claras para toda sociedade. A juventude esteve presente, mostrando que o interesse pela mudança está em todas as faixas etárias.
   
Manifesto Movimento Jundiaí Livre
O Movimento Jundiaí Livre é formado por cidadãos e cidadãs de diversos setores da nossa sociedade, que compartilham dois objetivos em comum: tornar a nossa cidade mais democrática e socialmente inclusiva. Envolve entidades e pessoas que amam Jundiaí. Pessoas nascidas, criadas ou que escolheram esta terra para levar a vida e cuidar de suas famílias. Que acreditam na democracia e na soberania popular para decidir seus caminhos.

Jundiaí possui um incrível potencial. Situada entre as duas das mais importantes cidades do Brasil, tem o privilégio de ser servida por grandes rodovias, como a Anhangüera e a Bandeirantes. Além disto, conta com reservas naturais significativas, fontes de água, como rios, represas e a Serra do Japi, um patrimônio da flora e da fauna. Esta é uma situação privilegiada e que pode beneficiar nossa cidade e toda população.

Mas, infelizmente, temos visto a falta de planejamento, o poder econômico e a especulação imobiliária desgastarem dia após dia a esperança de vermos efetivamente uma cidade que contemple o desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural de nosso povo. Um mesmo grupo governa esta cidade por longos vinte anos consecutivos, articulando interesses econômicos e políticos de um pequeno grupo em detrimento dos mais de 370 mil habitantes de Jundiaí. Isto é algo que gravemente nos preocupa.

Não apenas a falta de alternância no poder que justifica esse tipo de análise, mas, principalmente, o modo como se executa a continuidade política e os métodos utilizados para a dominação política local. Um grupo no poder que se perpetua através do uso da burocracia e do conhecimento da máquina política. Aproveitando-se do acesso a informações e da posição privilegiada na pirâmide do poder, a atividade política passa a ser exercida a fim de conseguir prosperar um projeto de continuidade nas esferas decisórias, tornando comum o uso privado do setor público. Esse grupo ainda estabelece o controle dos recursos financeiros conforme seu projeto de domínio; influencia os meios de comunicação e divulgação de informações para atender seus próprios interesses; barra novas iniciativas que possam expor ou colocar em risco sua manutenção no poder e busca deter por todos os meios qualquer movimento articulado de oposição, como acreditamos que também seremos vítimas. Mas resistiremos.

O grupo no poder também organiza a estrutura política em benefício de seu projeto de manutenção – ou seja, seus interesses não são os mesmos daqueles que deveria representar. Dessa forma, a participação dos indivíduos torna-se segmentada, limitada e amplia-se o poder da classe dirigente, o que permite que quaisquer resistências a estes mecanismos sejam minadas. Em Jundiaí, o trabalho para conseguir romper esta lógica é árduo, de tão enraizados que estão os mandatários locais, acostumados a tantas décadas de controle da política. Eles apenas trocam de siglas e de nomes, mas sempre representam os mesmos interesses.

Somos um Movimento de Oposição, consciente de nosso papel como agente político e capaz de mobilizar a sociedade para uma alternativa bastante diferente desta que esta colocada pelo Prefeito. Não queremos falar de eleições, mas inserir a população em debates sobre temas fundamentais, como educação, saúde, mobilidade urbana, entre outros. Desta forma, realizaremos nossos próprios debates, ouvindo e dialogando com toda a sociedade e apontando outros caminhos. Queremos chamar a juventude para esta discussão, pois sabemos o quanto Jundiaí precisa de políticas para jovens, com acesso ao esporte, cultura e lazer de qualidade, algo que não ocorre atualmente. O jovem quer participar da vida pública e necessita de espaços que lhe dêem esta condição verdadeiramente, sem as amarras do grupo no poder. Este Movimento convida o jovem para esta participação livre.

É hora de discutir uma alternativa de cidade: mais justa, sustentável e voltada para o interesse da maioria. Modificar essa realidade política sufocante e projetar um novo futuro para Jundiaí é uma exigência de vastos setores da sociedade e uma forma de honrar a luta e o trabalho, ao longo da História, de tantos cidadãos e cidadãs que se dedicaram à nossa cidade.

Assinam este Manifesto (Partidos em ordem alfabética):
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Partido dos Trabalhadores (PT)
União da Juventude Socialista (UJS)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Movimento Jundiaí Livre

Jundiaí finalmente pode vislumbrar um futuro diferente, e isso se deve ao fato da consciência política que os partidos de oposição da cidade estão tomando.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Popular Socialista (PPS), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) estão alinhados em uma pauta convergente de oposição, com outras entidades sociais, como ONGs, por exemplo. Neste momento, não tem qualquer cunho eleitoreiro, somente diretrizes oposicionistas ao governo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em nossa cidade.
O convite se estende a todos que têm interesse em expressar a opinião contrária a este grupo que por quase 30 anos governa nossa cidade.
Eu amo minha cidade, quero mudança!   


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Manifestação em repúdio ao aumento da tarifa do trem e pelo passe livre


A União da Juventude Socialista (UJS) em parceria com a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) vão realizar hoje (17/02), uma manifestação em repúdio ao aumento da tarifa do trem em quase 10%, custando agora R$ 2,90, e o provável aumento da tarifa de ônibus do Sistema Integrado de Transporte Urbano (SITU).
A manifestação irá começar às 16h30min com uma concentração na Praçada Matriz, no centro da cidade, e irá seguir até a Escola Estadual Antenor Soares Gandra, até chegar ao seu destino final, a estação ferroviária.
Você trabalhador e estudante estão convocados a participar deste ato cívico.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Conversa com a Presidenta e uma pequena análise

                            Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff


Romero de A. Cavalcanti, 30 anos, produtor cultural de Arcoverde (PE) – A senhora visitou, junto com o ex-presidente Lula, grande defensor do povo nordestino, as obras da transposição do São Francisco. A senhora pretende aumentar os investimentos no Nordeste em sua gestão?

Presidenta Dilma – Planejamos aumentar o volume de investimentos em todo o país, principalmente em obras de infraestrutura energética, logística e social-urbana. As obras iniciadas no governo Lula estão distribuídas por todo o território nacional, com prioridade para os estados que nunca receberam a atenção devida, o que inclui os da sua região. Começamos a trabalhar por um país mais equilibrado e justo socialmente. Eu participei da formulação e tenho, portanto, compromisso com essas diretrizes. Os empreendimentos iniciados no governo passado terão seguimento, incluindo os megaprojetos no Nordeste, como são os casos da Integração do São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, também chamada de Transposição do São Francisco, a Transnordestina, as refinarias Premium I (MA) e Abreu e Lima (PE). Além disso, terão início as obras da Refinaria Premium II (CE). Para o PAC 2, entre os critérios de seleção de projetos está a questão do impulso ao desenvolvimento regional, o que contempla os estados do Nordeste. Os investimentos serão maiores em todos os setores. Como exemplo, cito o da habitação – o Minha Casa Minha Vida-2 vai financiar a construção de mais 2 milhões de moradias, com subsídios maiores para as menores faixas de renda. Boa parte será destinada aos estados da sua região.

Ivan T. Macedo, 20 anos, estudante de Arapongas (PR) – Já vi muitas reportagens mostrando o absurdo dos milhões de sacolas plásticas, que não são absorvidas e ficam poluindo durante anos e anos. O governo já pensou em tomar uma providência a respeito?

Presidenta Dilma – Ivan, a sua preocupação é também nossa e por isso estamos agindo. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou, em 2009, uma grande campanha de conscientização chamada “Saco é um Saco”, utilizando todos os tipos de mídia, como filmes para TV e cinema, internet, rádio, etc. Estamos mostrando o desastre que representa o consumo excessivo e o descarte incorreto de sacolas plásticas. O convencimento é mais adequado e produtivo do que a proibição. Os resultados estão aí: nos últimos 18 meses, evitamos o consumo de 5 bilhões de sacolas plásticas. Considerando que em 2009 foram produzidos 15 bilhões de sacolas, a redução foi significativa. A campanha envolve governos estaduais e municipais, supermercados, lojas e a própria indústria de plástico. Há supermercados, por exemplo, que estão dando descontos para clientes que usam seus próprios recipientes. O MMA distribuiu 200 mil sacolas retornáveis. Os municípios de Xanxerê (SC) e Jundiaí (SP) baniram as sacolas plásticas voluntariamente. O movimento tende a crescer cada vez mais. Pacto firmado pelo MMA com o setor de supermercados, abrangendo cerca de 76 mil estabelecimentos, prevê a redução de 30% das sacolas até 2013 e de 40% até 2014. Quero aproveitar para conclamar a população a aderir a esse movimento, que é fundamental para a nossa qualidade de vida.

Meire Alvez, 28 anos, autônoma de Cuiabá (MT) – Na questão da Educação, a senhora vai privatizar ou melhorar o acesso às universidades públicas?

Presidenta Dilma – Meire, em vez de privatizar, nós vamos fortalecer as instituições federais de ensino superior dos pontos de vista físico, acadêmico e pedagógico. As universidades e institutos de educação, ciência e tecnologia terão mais extensões universitárias (campi), vagas e cursos, objetivando ampliar as oportunidades de acesso à educação superior para os nossos jovens. Daremos continuidade às iniciativas do governo do ex-presidente Lula, que criou 14 novas universidades e 126 novas extensões universitárias. Vamos continuar expandindo o ProUni, que desde a sua criação, em 2004, já concedeu bolsas de estudos para 748 mil jovens – com renda familiar por pessoa de até 3 salários mínimos – cursarem faculdades particulares. Para ampliar o acesso às universidades, fortaleceremos também o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programa de empréstimos a estudantes de instituições privadas. A taxa de juros é de apenas 3,4% ao ano e não há a exigência de fiador. O débito pode ser liquidado em até 15 anos e o formado tem até 18 meses para iniciar as amortizações.

(Por Secretaria de Imprensa da Presidência da República)


A partir de hoje, este blog irá publicar, semanalmente, a coluna da presidenta Dilma Roussef, e hoje tem um motivo especial - a presidente citou Jundiaí como cidade exemplo, devido ao fato da cidade ter sido uma das primeiras a proibir o uso das sacolas plásticas em supermercados, de fato uma boa medida.
Mas gato escaldado tem medo de água fria e nós, jundiaienses, sabemos como funcionam as coisas em nossa cidade. Sabemos como o prefeito Miguel Haddad trata as demandas do povo.
Um passarinho verde disse que tal iniciativa serviu para ofuscar a má repercussão da campanha que o governo municipal fez contra a iniciativa do deputado Pedro Bigardi (PCdoB), que criou, na Assembléia Legislativa, um projeto que tornaria a Serra do Japi – parque estadual. Isso iria colocar limites na forte expansão imobiliária que algumas áreas da serra vêm sofrendo. Em 2010, o tucanato local pediu até a ajuda do ex-comunista Xico Graziano, na época secretário de meio-ambiente, para rebater tal iniciativa, com questionamentos infantis sobre a autoria do projeto e sua inconstitucionalidade.
O PSDB alegou que o projeto não é de Bigardi, dizendo também que somente o executivo pode tornar uma reserva parque. Não o legislativo.
A discussão incomodou os barões da cidade, e a imprensa local serviu com glamour aos patrões em mais uma causa “justa”. Bigardi promete retomar o assunto neste novo quatriênio.
Para fugir da mesquinharia, digo que não torço que o passarinho esteja certo, mas temo - por motivos óbvios.

(Por Felipe Andrade)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Campanha cívica por Jundiaí


Em demonstração que existem forças com vontade de mudança em Jundiaí, acaba de ser lançada a campanha cívica “Jundiaí para todos os jundiaienses”, em repúdio a atual situação política da cidade, que ostenta há 26 anos, o mesmo grupo no poder.
O grupo que governa para determinadas classes, deixando os menos abastados desamparados - não podendo usufruir da capacidade econômica da cidade.
Se você também ama Jundiaí e sente que se faz necessária uma mudança em nossa cidade, junte-se a nós, e divulgue a campanha.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Miguel Haddad visita a casa dos seus amigos mais fiéis

O prefeito Miguel Haddad esteve, nesta última terça-feira (8), no seu clube, o local onde se encontram seus mais fiéis amigos, aqueles que perdoam todos os seus pecados. Amigos de uma fidelidade invejável, que permitem que o mesmo desrespeite o trabalho da casa ao qual eles, os amigos, estão incumbidos de representar o povo. A Câmara Municipal de Jundiaí.

Com poucas exceções, a Câmara de Jundiaí é servil ao executivo, onde a submissão é tamanha, que envergonha a história da casa do povo. Hoje é fácil dizer que existem somente dois vereados de oposição, sendo a vereadora Marilena Negro e o vereador Durval Orlato, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Como pode ser visto no vídeo, disposto no link abaixo, durante a visita do prefeito interino, fora o discurso da vereadora Marilena Negro e do vereador Durval Orlato, o restante foi de afago ao prefeito, onde a democracia pareceu ser um jogo infantil, uma ciranda – que é entoada pela mesma cantiga há mais de 26 anos -, perdendo sua principal característica, o debate ideológico.

A figura deprimente fica com o vereador Zé Dias do PDT, que foi eleito pela esquerda, mas hoje serve aos interesses dos coronéis desta cidade, mostrando que seus interesses estão acima dos interesses daqueles que o elegeram.  As denúncias feitas pelo vereador Durval Orlato se confirmam, quando o mesmo diz que não há por parte da câmara qualquer chance de retaliação a qualquer decisão do executivo. A piada é o vereador Val do PTB, com seu tipo de canastrão.
É triste ver a tribuna que já foi ocupada por Antônio Galdino, com vereadores como Gustavo Martinelli, do PSDB.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Entrevista com Cesar Tayar

Continuando a série de entrevistas, este blog tem como segundo entrevistado, o blogueiro Cesar Tayar, do Blog do Beduíno.
Tayar é uma importante figura da oposição em Jundiaí, e está participando da organização que a esquerda da cidade está formando. Ex-presidente do PPS Jundiaí, Tayar encontra-se sem filiação partidária no momento.


 Japi pelo prisma da esquerda: Conte um pouco da sua biografia.
Cesar Tayar: Desde criança acompanho a política. Meu pai era fanático por política, inclusive sendo delegado do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Jundiaí por muito tempo, antes do golpe de 1964. Depois do golpe militar, ele praticamente deixou a política por não concordar com aquele estado de coisas. Eu acompanhava as reuniões que faziam em minha casa, onde aprendi a ter gosto pela política. Quando meu pai morreu, segui lutando por aquilo que ele me ensinou em termos de uma conduta de correção e honestidade, não somente na política, mas também em todas as minhas atividades.
  
Japi pelo prisma da esquerda: Há quanto tempo você faz oposição ao governo do PSDB em Jundiaí?
Cesar Tayar: Há quase 20 anos. Desde que André Benassi se elegeu prefeito e Miguel Haddad vice, em 1992. A partir de 1993, o PSDB foi transformado, pelos seus principais líderes, em um mero instrumento de negócios. Ora, em minha opinião, política não é negócio e sim um instrumento de transformação social, porém, eles transformaram a política de Jundiaí em um instrumento de apropriação privada daquilo que é público. É inadmissível que uma cidade do porte de Jundiaí seja governada pelos interesses de duas famílias. A partir destes fatos, comecei a fazer oposição a estes dois políticos e a todo o grupo que eles representam.
 Japi pelo prisma da esquerda: Você ocupava o posto de presidente do Partido Popular Socialista (PPS) de Jundiaí. Sua posição, de oposição ao PSDB, não era contraditória com a executiva nacional do partido?
Cesar Tayar: Realmente, a direção nacional e a estadual do PPS têm sido aliadas do PSDB, uma postura diferente do diretório municipal. Porém, sempre houve um relacionamento respeitoso e democrático entre as instâncias partidárias pelas suas posições assumidas. Acho que deve ser assim, afinal de contas em cada patamar político existe uma realidade diferente e que deve ser respeitada. Nosso relacionamento com a direção nacional e estadual do PPS sempre foi a melhor possível.
Japi pelo prisma da esquerda: Por que você rompeu com o PPS e se tem previsão para uma nova filiação em outra legenda?
Cesar Tayar: A minha saída do PPS não foi um rompimento e sim uma questão estratégica para a oposição política da cidade. Hoje, dos 25 partidos legalmente constituídos no município, 21 estão na prateleira de enfeites do PSDB. Apenas quatro partidos estão na oposição: PCdoB, PPS, PSOL E PT. Ora, isso não é saudável para a democracia. O grupo político coronelista que nos governa está massacrando todos os partidos e segmentos de oposição com o lamentável propósito de se perpetuar no poder local. Diante disso, saí do PPS e devo trazer mais um partido para a oposição, aumentando assim o espaço daqueles que estão indignados com a política de caudilhos que impera em Jundiaí.
 Japi pelo prisma da esquerda: Em sua opinião, quais são as principais falhas da administração do PSDB em Jundiaí?
Cesar Tayar: A pior falha é a do continuísmo. Este grupo político está com o poder nas mãos há 26 anos - somando-se a esta era do PSDB com os seis anos em que André Benassi foi prefeito pelo PMDB. Lamentável, sob todos os aspectos. O continuísmo político gera inúmeros problemas, inclusive o pior deles: a corrupção. Nunca se viu tantas ilegalidades e imoralidades como neste período de 26 anos, chegando ao cúmulo de o atual prefeito, Miguel Haddad, ter sido cassado oito vezes nas eleições de 2008, por diversas irregularidades que cometeu naquele pleito. Outra falha gravíssima nestes 20 anos é a especulação imobiliária, patrocinada pelas principais lideranças tucanas, que tem se beneficiado dos equipamentos públicos em favor de seus negócios particulares. Eles, hoje, se comportam como se fossem donos de Jundiaí.

Japi pelo prisma da esquerda: Você é detentor do blog de oposição ao PSDB em Jundiaí de maior tradição, o Blog do Beduíno. Como surgiu a idéia da criação do blog? E quais são as diretrizes do projeto?
Cesar Tayar: Quando assumi a gestão de um blog na internet foi com o objetivo de começar a mostrar a realidade da cidade, aquela que a imprensa formal não mostra devido aos compromissos que tem com as verbas de publicidade da prefeitura, que só em 2010 foram de R$ 9 milhões, a cargo do publicitário Duda Mendonça. Não tinha grandes pretensões, apenas escrever a verdade. Porém, com o passar do tempo o blog começou a ter um prestígio muito grande, demonstrando que as pessoas estão cansadas da manipulação da informação, levada a cabo pela imprensa falada, escrita e televisionada de Jundiaí. Atualmente, muitos amigos dizem que o Blog do Beduíno é mais lido do que os jornais locais, pois existem determinadas informações que são veiculadas no mundo virtual que jamais serão na imprensa comercial. Sobre as diretrizes, elas serão sempre de mostrar a verdade que os interesses políticos inconfessáveis da cidade procuram esconder.
Japi pelo prisma da esquerda: Nas recentes eleições de 2010, a chamada blogosfera teve um papel determinante, sendo o único canal de oposição às opiniões divulgadas pela chamada grande mídia. Em sua opinião, qual papel a blogosfera deverá cumprir a partir de 2011?
Cesar Tayar: O papel é fundamental, principalmente aqui em Jundiaí, onde temos uma imprensa formal totalmente manipulada pelo grupo político liderado pelo PSDB. Aqui na cidade, temos inúmeros blogs progressistas que tem repercutido os fatos, cada um a sua maneira, que os coronéis procuram varrer para debaixo do tapete. Nas eleições municipais de 2012, a internet terá um papel fundamental levando aos internautas tudo o que o “establishment” tucano procurará esconder para continuar no poder por mais quatro anos. E pode ter certeza que o Blog do Beduíno estará bastante ativo em 2012.
Japi pelo prisma da esquerda: Recentemente, a prefeitura de Jundiaí o processou. Você poderia descrever o processo, e informar em que situação este se encontra?
Cesar Tayar: Este processo foi ridículo. Eles abriram processo contra mim e contra outro amigo blogueiro, alegando coisas absurdas. Tão absurdas, que o executivo desistiu do processo e ele foi arquivado pelo judiciário. 
Japi pelo prisma da esquerda: As principais forças da esquerda em Jundiaí estão se organizando para formular uma pauta convergente de oposição contra a atual administração de Jundiaí. Como você avalia tal iniciativa?
Cesar Tayar: Excelente. Já passou da hora das oposições se unirem para realizarem atividades em conjunto. Esta união não tem nada a ver com as questões ligadas a candidaturas e coligações partidárias. Isso ocorrerá a seu tempo. O que estamos organizando é um movimento político entre os partidos de oposição, sindicatos, ONGs, entidades da sociedade civil, enfim, um movimento de união municipal que deverá levar às ruas, de maneira permanente, o contraponto à versão oficial sobre o cotidiano da cidade. Este é um fato de grande importância e que, pelo amadurecimento da oposição de Jundiaí, deverá modificar sensivelmente a correlação de forças visando à sucessão municipal no ano que vem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Falta de mão-de-obra de qualidade: desafio do crescimento econômico


A importância de Jundiaí
Todos, ou boa parte dos jundiaienses, têm a percepção da dimensão da importância de Jundiaí na história do nosso estado e do nosso país, Etiam per me Brasilia Magna”, a frase do brasão da cidade, brasão este que foi desenhado por Afonso de Taunay – historiador do início do século XX – é a síntese deste contexto.
Fundada no dia 14 de dezembro de 1655 -  a partir da construção da capela sob invocação da padroeira Nossa Senhora do Desterro -, como cidade, surgiu em 1615 como aldeia, estabelecida por Rafael de Oliveira, o velho.  Jundiaí tem, nos dias atuais, uma proeminência econômica pujante, graças à sua excelente localização geográfica, tornando-a uma bácia logística da saída oeste do estado de São Paulo. Mas nem tudo são flores.
Jundiaí possue leis arcaícas que impedem que mais investimentos cheguem, fazendo com que a cidade acabe perdendo oportunidades valiosas, que com certeza iriam beneficiar os trabalhadores locais. Ainda sim, é detentora de um imenso parque industrial, que sofre com a escassez de mão-de-obra qualificada.
Em matéria publicada no dia 02 de fevereiro de 2011, no Jornal Bom Dia, o repórter José Arnaldo de Oliveira descreveu a atual situação da cidade quanto à escassez de mão-de-obra qualificada, que afeta todos os setores, como: comércio, indústria, agricultura e serviços.
A matéria está disposta no link abaixo:

Tendência
Com a chegada da gigante chinesa Foxconn, em meados de 2006, Jundiaí tornou-se um pólo eletrônico, pois outras empresas do mesmo ramo acompanharam a gigante de Hon Hai. Produzindo placas de circuito impresso para computadores, e montando os computadores, a Foxconn busca mão-de-obra qualificada na região de Campinas – forte no segmento eletrônico - , para treinar os trabalhadores de Jundiaí.
Entretanto, a falta de investimentos da prefeitura em qualificação de mão-de-obra pode fazer com que esta gigante que emprega 4000 funcionários na cidade acabe buscando outro lugar para atender sua crescente demanda de produção, sem precisar de tamanho esforço para qualificação de mão-de-obra.
Apesar de abrigar mais empresas do ramo eletrônico, nenhum curso de capacitação para a área foi criado por qualquer entidade, em parceria com a prefeitura. Nota-se uma falta de planejamento da prefeitura no caso. Jundiaí precisa garantir preparo para abrigar novos investimentos e criar estrutura para manter os que estão em curso.

Atendendimento à população
A principal falha da atual administração de Jundiaí é exatamente as políticas sociais, que são ínfimas perante à demanda, em todos os campos, como plano habitacional, educação – principalmente na política de crechês - , atendimento de especialidades na área da saúde, urbanização, entre outros.
Quem mais sofre com tamanha incompetência são as comunidades mais carentes que dependem do poder público e principalmente da sensibilidade do munícipio, que deve ser o primeiro suporte para estes cidadãos e cidadãs.

Honrar a história
Jundiaí precisa honrar sua história, trazendo aos jundiaienses todos os benefícios que esta pujança econômica pode trazer, a prefeitura deve fazer com que cada canto da cidade usufrua do exorbitante orçamento anual de 1,5 bilhão. A oportunidade tem que ser para todos, não só na propaganda, mas na prática.