terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PT e PMDB ocupam principais vagas no ministério de Dilma

Nenhum nome do PSB, partido de Ciro Gomes, foi confirmado.
Sete nomes ainda faltam ser anunciados para encerrar lista de ministros.
Sete nomes são aguardados para encerrar a montagem do ministério da presidente eleita Dilma Rousseff. O PT, com 14 nomes, e o PMDB, com seis, têm a maior representação e ocuparão os postos considerados estratégicos no próximo governo. O PSB, partido de Ciro Gomes, ainda não teve nenhum nome confirmado no governo e praticamente dobrou o número de governadores nas últimas eleições. No pleito, o PSB fez governadores em seis estados: Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Amapá.
Na segunda-feira (20), Dilma confirmou a permanência do ministro Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, para assumir a Saúde. A indicação apaga as chances de Sérgio Cortes assumir a pasta. O político foi uma indicação de Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que acabou não confirmada.
Nos bastidores, a indicação de Ciro Gomes para o Ministério da Saúde era trabalhada como uma das hipóteses na montagem da equipe. Uma das possibilidades é que Fernando Bezerra Coelho (PSB) seja nomeado para o Ministério da Integração Nacional, segundo o jornal "Folha de S.Paulo". De acordo com o blog do Noblat, a secretaria de Portos também deve ficar com o PSB.
Dilma ainda deve indicar outros sete nomes para concluir a sua equipe de governo. Ainda precisam ser definidos os ministros do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional, além do ministro-chefe Gabinete de Segurança Institucional e das secretarias de Relações Institucionais, Especial de Políticas para as Mulheres e Especial de Portos. Outro nome que deve ser indicado antes da posse é o do responsável pela Controladoria-Geral da União (CGU).

PT
- Alexandre Padilha (PT) - Ministério da Saúde
- Fernando Pimentel (PT) - Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
- Fernando Haddad (PT) - Educação
- Aloizio Mercadante (PT) - Ciência e Tecnologia
- Ideli Salvatti (PT-SC) - Ministério da Pesca
- Maria do Rosário (PT-RS) - Secretaria de Direitos Humanos
- Paulo Bernardo (PT-PR) - Ministério das Comunicações
- Antonio Palocci (PT-SP) - Casa Civil da Presidência
- Gilberto Carvalho (PT-SP) - Secretaria-Geral da Presidência
- José Eduardo Cardozo (PT-SP) - Ministério da Justiça
- Guido Mantega (PT-SP) - Ministério da Fazenda
- Miriam Belchior (PT-SP) - Ministério do Planejamento
- Luiza Helena de Bairros (PT) - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
- Tereza Campello (PT) - Ministério do Desenvolvimento Social

PMDB
- Nelson Jobim (PMDB): Defesa
- Edison Lobão (PMDB-MA): Ministério das Minas e Energia
- Wagner Rossi (PMDB-SP): Ministério da Agricultura
- Pedro Novais (PMDB-MA): Ministério do Turismo
- Garibaldi Alves (PMDB-RN): Ministério da Previdência
- Moreira Franco (PMDB-RJ): Secretaria de Assuntos Estratégicos

PDT
- Carlos Lupi (PDT) - Trabalho
PR
- Alfredo Nascimento (PR-AM): Ministério dos Transportes
PP
- Mário Negromonte (PP) - Ministério das Cidades
PC do B
- Orlando Silva Jr. (PC do B) - Ministério dos Esportes
Sem partido
- Izabella Teixeira - Meio Ambiente
- Ana de Hollanda - Ministério da Cultura
- Helena Chagas - Secretaria de Comunicação Social
- Alexandre Tombini  - presidência do Banco Central
- Luís Inácio de Lucena Adams - Advocacia Geral da União (AGU)
- Antonio Patriota - Relações Exteriores


Por G1
O corpo do ministério do governo Dilma está praticamente formado, restando apenas atender à demanda do PSB, que ainda não ocupou nenhuma pasta oficialmente. As principais pastas já foram atendidas, com destaque para saúde que voltou para o PT, onde o escolhido foi Alexandre Padilha, que vem exercendo no governo Lula a função de ministro da Secretária de Relações Institucionais.
Padilha é médico infectologista e além do atual posto, já atuou no Tribunal de Contas da União (TCU), além da função de subchefe de assuntos federativos da secretaria ao qual hoje ele ocupa a função de ministro até 2007.
O Ministro Padilha é enaltecido dentre os petistas pela sua alta capacidade de negociação, e é tido pelo presidente Lula como um articulador político nato.
Eis o principal motivo de sua indicação, a pasta da saúde está necessitando de bastante articulação depois do fim da CPMF, e agora o ímpeto da maioria dos governadores é pela volta da taxa, que irá coletar por ano 40 bilhões de reais, que serão, integralmente, destinados à saúde. O próximo ministro terá de comandar as reformas necessárias na saúde, tal qual articular a volta da CPMF com os governadores.
Resta agora atender ao PSB e atribuir uma função ao deputado Ciro Gomes, evitando assim futuros transtornos administrativos.
A alta participação feminina será o grande mote do governo Dilma, em detrimento ao governo Lula, em funções estratégicas. A irmã do compositor e romancista Chico Buarque de Holanda, Ana Holanda, foi confirmada na pasta de cultura. De fato, agora, é a vez da mulher!

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