domingo, 24 de abril de 2011

Mendigo morre queimado em Jundiaí: o que devemos fazer?

Lide com o poder público local
O produto ilusão, vendido por alguns em Jundiaí, está esgotando-se devido a um concorrente impiedoso: a verdade. É de conhecimento de todos, que não fazem da cidade um mero dormitório, a existência de criminalidade no município, apesar de um jornal zerar índices – vide edição nº4 do Jornal Folha do Japi -, a falta de leitos hospitalares, vagas para as crianças nas creches, alto-índice de submoradias, especulação imobiliária e falta de transparência do poder público local em detrimento as excelências, dos serviços públicos, vendidas em campanha publicitária produzida pela agência do publicitário Duda Mendonça.
Vivendo a cidade
Fatos tristes têm ocorrido em nossa cidade; na semana retrasada uma reportagem do Jornal Bom Dia denunciou que presos estavam sendo amarrados em um pilar de uma delegacia. Outro fato, ocorrido neste último sábado (23), também é preocupante, pois o corpo de um mendigo foi encontrado carbonizado no coreto da praça da igreja da Vila Arens.
Segundo reportagem do Jornal Bom Dia, o delegado responsável, Fernando Bardi, disse que diversos moradores de rua freqüentam aquela praça e todos serão investigados. Dificilmente descobrirão o autor desta barbárie, que mesmo sendo – eventualmente -, um suicídio – que eu não acredito -, é uma falha da sociedade.
Jundiaí é uma cidade, majoritariamente, de classe média, o que torna os menos favorecidos marginalizados, pois se trata de uma realidade distante da maioria da população, onde a pobreza é preferencialmente esquecida por aqueles que não padecem da mesma, tornando os focos de pobreza verdadeiras ilhas em meio ao desenvolvimento.
A verdade é que a classe média preza pela exclusão dos problemas e não pela resolução, tudo é esquecido ou retirado pela força e não resolvido. O poder público, em todas as esferas, tem obrigação de criar políticas públicas para todos os segmentos da sociedade, inclusive para os mendigos, sem-teto, sem-terra, prostitutas, travestis e drogados, ou seja: todos e principalmente os mais necessitados.
A pergunta que fica sobre para este caso do mendigo morto, em especial, é sobre quais são as políticas que o município oferece aos moradores de rua e se a Casa Santa Marta é o único amparo que estes cidadãos têm, pois a filantropia não pode ser onerada por uma falha do poder público.
Um município que ostenta um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) acima da média, como Jundiaí, tem de provar, via políticas públicas aplicadas, o porquê do resultado.
Acredito que este assunto deve ser discutido na Câmara Municipal, pois um ser humano foi morto de uma forma cruel, abandonado em um bairro tradicional da cidade. A população de Jundiaí tem de cobrar, do poder executivo e do poder legislativo, sobre o que existe e o que deve ser criado na lei orgânica para proteger estes homens e mulheres esquecidos pela sociedade.
Por isso que o produto ilusão está sendo superado, pois todos sabem que Jundiaí tem muitos problemas, onde todos podem ser resolvidos, porém, em uma sinergia entre população e os governantes, mas para isso é necessária transparência para que a participação atinja todas as classes sociais. Fazer com que as oportunidades sejam para todos, de verdade. 

2 comentários:

  1. Ilusão? Olha concordo que Jundiaí tem seus problemas, como toda cidade, mas tenho orgulho de morar aqui, se formos comparar os índices de nossa cidade com a de qualquer outra do país veremos como temos sorte. Acho que a cidade tem muito mais coisas boas do que ruins. E a casa Santa Marta não é o único amparo oferecido pelo município,fuçando no site da prefeitura descobri outros dois: o SOS - Serviços de Obras Sociais e o CAM - Centro de Amparo ao Migrante.

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  2. Amanda,

    De fato é uma boa cidade, mas a perfeição vendida é balela.

    Quanto aos serviços, já estou pesquisando sobre a eficiência dos mesmos e após ter dados, irei postar.

    O fato é que um homem (morador de rua) morreu queimado e algo deve ser feito.

    Obrigado pela participação.

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